Certamente o melhor console desta geração.Além dos jogos exclusivos que são fantásticos o aparelho da Sony possui leitor de Blu-ray 3 D para jogos e filmes com uma mídia que suporta 25 gigas, 50 gigas se for dos dois lados e já estão desenvolvendo uma mídia com capacidade de 100 gigas.
Já até foi usado pela ciência por causa da sua tecnologia avançada.
Unicamp usa PlayStation 3 para realizar pesquisas
Projeto de biologia tem 12 videogames que fazem cálculos científicos.
Console da Sony tem melhor custo/benefício que servidores comuns, diz especialista.
RENATO BUENO
Do G1, em São Pau
O que poderia ser uma LAN house dos sonhos, com o console mais caro da história dos videogames, é, na verdade, um laboratório que faz bilhões de cálculos por segundo para entender melhor a “interação de anestésicos locais com membranas biológicas”.
Veja galeria de fotos
São 12 PlayStation 3 ligados em rede em uma sala da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), interior de São Paulo. Com seus joysticks (controles) guardados no armário, rodam o sistema operacional Linux, formando um ‘cluster’ de processamento e ajudando a pesquisadora argentina Monica Pickholz nos cálculos de bioinformática desde junho de 2007.
“São muito mais estáveis que qualquer cluster [aglomerado de PCs] com que já trabalhei”, diz Monica. Os videogames funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana. Só pararam uma vez, quando "acabou a força e o gerador não funcionou". Durante todo o tempo, os videogames fazem cálculos para simular dinâmicas de comportamento entre átomos.
Supermáquina
A iniciativa da pesquisadora pode parecer inusitada, mas não é surpresa para quem acompanha o mundo dos jogos. Afinal, desde antes do lançamento do PS3 a Sony já vendia a idéia de que o videogame seria um "supercomputador" ( clique aqui para suas especificações). Ele lê discos Blu-ray, tem saída de vídeo em alta definição, entradas USB, conexões Wi-Fi, Bluetooth e discos rígidos de até 80 GB. Mas o que torna o PS3 tão atrativo no ambiente científico é um "simples" chip: o Cell.
Criado em parceria da Sony com a IBM e a Toshiba, o chip Cell tem um núcleo e oito processadores. Essa arquitetura permite que cálculos sejam distribuídos, agilizando as tarefas sem sobrecarregar o sistema.
"A capacidade de cálculos é inimaginavelmente grande. Considerando o que se gasta para produzir um PS3, é uma imbatível relação custo/benefício no mercado computacional", explica o consultor de informática Martinelli.
Diversão barata
Quando foi lançado, em novembro de 2006, o PS3 importado chegou ao Brasil por cerca de R$ 7 mil. O preço foi reduzido ao longo dos meses, e hoje varia de R$ 2,2 mil a R$ 3,5 mil, dependendo do modelo. Seu principal rival, o Xbox 360, é vendido por R$ 2,5 mil – com a vantagem de ter garantia e assistência técnica no país, além de uma oferta de jogos maior.
A professora Monica, doutora em Física, faz as contas. Com o projeto de pesquisa financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo), comprou cada máquina no Brasil por cerca de R$ 2,58 mil - modelo com disco rígido de 60 GB. Conseguiu um total de 72 processadores, já que, efetivamente, são seis os centros de processamento ativos em cada PS3. O mesmo dinheiro, se aplicado em servidores convencionais, resultaria em apenas 32 processadores, ela diz.
"Ocorre que o hardware do PS3 é barateado por expectativas de volume de vendas e ganhos com softwares (jogos), algo que não acontece no mercado de servidores", diz Martinelli. Ou seja, a Sony pretende lucrar com a venda de jogos, enquanto perde alguns trocados para ver sua base instalada de usuários aumentar. Pena que cientistas não jogam durante o trabalho. Ou jogam?
Monica não conhece videogames, nem mesmo Wii e Xbox 360, os rivais do PlayStation 3. Ela revela que jogava "Descent", jogo de naves espaciais em 3D que marcou época nos computadores. Dos 12 PS3 configurados para a pesquisa, somente o primeiro veio com jogo – já devidamente guardado junto com os joysticks.
A serviço da ciência
Antes de investir no "cluster" de videogames, Monica testou um PlayStation 3. Convencida de que poderia dar certo, avançou com o projeto. "Na Unicamp desconfiaram, acharam que era um risco muito grande". Mas a reação foi positiva quando perceberam os resultados, diz a professora.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL146410-5603,00.html
Já até foi usado pela ciência por causa da sua tecnologia avançada.
Unicamp usa PlayStation 3 para realizar pesquisas
Projeto de biologia tem 12 videogames que fazem cálculos científicos.
Console da Sony tem melhor custo/benefício que servidores comuns, diz especialista.
RENATO BUENO
Do G1, em São Pau
O que poderia ser uma LAN house dos sonhos, com o console mais caro da história dos videogames, é, na verdade, um laboratório que faz bilhões de cálculos por segundo para entender melhor a “interação de anestésicos locais com membranas biológicas”.
Veja galeria de fotos
São 12 PlayStation 3 ligados em rede em uma sala da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), interior de São Paulo. Com seus joysticks (controles) guardados no armário, rodam o sistema operacional Linux, formando um ‘cluster’ de processamento e ajudando a pesquisadora argentina Monica Pickholz nos cálculos de bioinformática desde junho de 2007.
“São muito mais estáveis que qualquer cluster [aglomerado de PCs] com que já trabalhei”, diz Monica. Os videogames funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana. Só pararam uma vez, quando "acabou a força e o gerador não funcionou". Durante todo o tempo, os videogames fazem cálculos para simular dinâmicas de comportamento entre átomos.
Supermáquina
A iniciativa da pesquisadora pode parecer inusitada, mas não é surpresa para quem acompanha o mundo dos jogos. Afinal, desde antes do lançamento do PS3 a Sony já vendia a idéia de que o videogame seria um "supercomputador" ( clique aqui para suas especificações). Ele lê discos Blu-ray, tem saída de vídeo em alta definição, entradas USB, conexões Wi-Fi, Bluetooth e discos rígidos de até 80 GB. Mas o que torna o PS3 tão atrativo no ambiente científico é um "simples" chip: o Cell.
Criado em parceria da Sony com a IBM e a Toshiba, o chip Cell tem um núcleo e oito processadores. Essa arquitetura permite que cálculos sejam distribuídos, agilizando as tarefas sem sobrecarregar o sistema.
"A capacidade de cálculos é inimaginavelmente grande. Considerando o que se gasta para produzir um PS3, é uma imbatível relação custo/benefício no mercado computacional", explica o consultor de informática Martinelli.
Diversão barata
Quando foi lançado, em novembro de 2006, o PS3 importado chegou ao Brasil por cerca de R$ 7 mil. O preço foi reduzido ao longo dos meses, e hoje varia de R$ 2,2 mil a R$ 3,5 mil, dependendo do modelo. Seu principal rival, o Xbox 360, é vendido por R$ 2,5 mil – com a vantagem de ter garantia e assistência técnica no país, além de uma oferta de jogos maior.
A professora Monica, doutora em Física, faz as contas. Com o projeto de pesquisa financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo), comprou cada máquina no Brasil por cerca de R$ 2,58 mil - modelo com disco rígido de 60 GB. Conseguiu um total de 72 processadores, já que, efetivamente, são seis os centros de processamento ativos em cada PS3. O mesmo dinheiro, se aplicado em servidores convencionais, resultaria em apenas 32 processadores, ela diz.
"Ocorre que o hardware do PS3 é barateado por expectativas de volume de vendas e ganhos com softwares (jogos), algo que não acontece no mercado de servidores", diz Martinelli. Ou seja, a Sony pretende lucrar com a venda de jogos, enquanto perde alguns trocados para ver sua base instalada de usuários aumentar. Pena que cientistas não jogam durante o trabalho. Ou jogam?
Monica não conhece videogames, nem mesmo Wii e Xbox 360, os rivais do PlayStation 3. Ela revela que jogava "Descent", jogo de naves espaciais em 3D que marcou época nos computadores. Dos 12 PS3 configurados para a pesquisa, somente o primeiro veio com jogo – já devidamente guardado junto com os joysticks.
A serviço da ciência
Antes de investir no "cluster" de videogames, Monica testou um PlayStation 3. Convencida de que poderia dar certo, avançou com o projeto. "Na Unicamp desconfiaram, acharam que era um risco muito grande". Mas a reação foi positiva quando perceberam os resultados, diz a professora.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL146410-5603,00.html